Confiram na íntegra a entrevista bem descontraída que Geninho concedeu ao Superesportes:
O título acima resume literalmente o sentimento do técnico Geninho pelo estado de Pernambuco. O treinador, consagrado nacionalmente, está atualmente em sua terceira passagem pela Veneza Brasileira. Ele conheceu a cidade profundamente em 2007, quando comandou o Sport, que na época estava na Série A. Em 2009, foi parar no Náutico. No decorrer desta temporada, voltou a trabalhar no clube rubro-negro, onde renovou contrato até o fim do próximo ano. Sem dúvida, um dos pontos fundamentais para Geninho assinar o acordo sem pensar duas vezes foi esta terra chamada Recife.
O Superesportes bateu um papo descontraído com o técnico na praia de Boa Viagem. Um lugar especial para o treinador, onde ele caminha, toma água de coco, frequenta quase que diariamente. É, inclusive, uma de suas primeiras visões ao acordar pela manhã. Na conversa Geninho falou de sua rotina, de sua relação com a cidade, do povo pernambucano, da gastronomia, cachaça e, claro, futebol.
Nesta segunda-feira à tarde, o treinador deixou a cidade e embarcou para um curto período de férias. Passará as festas de fim de ano no exterior acompanhado dos familiares. Só retorna ao Recife no dia 4 de janeiro. Um tempo indispensável, hora de arejar a cabeça e se preparar para uma difícil temporada que vem pela frente. Afinal, em 2011 o hexa estará em disputa no Campeonato Pernambuco. Ingrediente que, certamente, fará do Estadual um dos melhores de todos os tempos.
Recife
"Isso aqui é bom demais. Sabia que era bom, mas não esperava que fosse tanto. Tinha um primo que havia morado aqui e já me dizia isso. A cidade é mais conhecida por Boa Viagem, mas tem muito mais que a praia. Faço propaganda daqui por onde eu ando".
Gastronomia
"Tem muita coisa boa para se comer aqui. A mais gostosa, sem dúvida, é o bode. É específico da região, mas também adoro outras coisas como o siri mole, os queijos, os frutos do mar. Os restaurantes daqui são maravilhosos".
Cachaça
"A cachaça daqui é muito boa. Já fui conhecer duas fábricas famosas daqui. Eles sabiam que eu gostava e me convidaram, também me presentearam. Eu faço até coleção, tenho mais de 300 rótulos em casa".
O povo
"É fantástico. Todo mundo fala comigo, me respeita. O povo me recebe bem, o torcedor de todos os times. Não trabalho mais por dinheiro. A qualidade de vida conta muito para mim quando vou assinar contrato com um clube. Recebi proposta dos Emirados este ano, mas não quis".
A cidade
"Não lembro quando vim aqui pela primeira vez. Foi como jogador ainda, mas quando se viaja para um lugar para um jogo não dá para conhecer muita coisa. Só vim conhecer mesmo Recife em 2007. Hoje sei quase tudo. Adoro o Recife Antigo, Olinda, os mercados de São José e de Boa Viagem, a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, Brasília Teimosa, Jaboatão..."
Rotina
"Eu acordo cedo. Às vezes umas 6h e vou caminhar na Avenida Boa Viagem ou então caminho de tarde. Jogo tênis, depois, vou trabalhar. Às vezes, no fim da tarde vou a um happy hour com os amigos. Tenho amigos ligados aos três clubes. Vamos jogar conversa fora. Já conheço muitos bares bons aqui".
Preconceito
"Nunca tive preconceito quanto ao Nordeste. Já havia trabalhado em Salvador (no Vitória, em 1994 e em 1995). Sou de São Paulo, mas me mudei para Santos porque eu adoro praia. O clima é outro. As pessoas são mais tranquilas, receptivas, é diferente. Aqui é assim".
Sport
"Fiquei para a próxima temporada pesando tudo. Tenho diploma de advogado e OAB, pouca gente sabe. Só que eu amo o futebol. É minha vida. Teremos um ano difícil, mas aceitei o desafio. Serão todos e tudo contra o Sport".
O campeonato
"Muita gente falou que eu não gostava de campeonato regional. Isso não é verdade. Já disputei vários. As viagens, muitas vezes, são até mais curtas do que no Nacional. O problema é que há uma complicação e pressão muito grande. O trabalho é queimado facilmente, qualquer deslize colocam seu trabalho em xeque".
Série B 2010
"Não conseguimos por conta de vários fatores. Começamos e terminamos mal o Campeonato. Acho que faltou um pouco mais de alma no time. Estamos em busca dessa renovação. No próximo ano, vai ser diferente".
Reforços
Passei uma lista para a diretoria. Eles estão correndo atrás disso. Espero que não fujam do que eu repassei. Vamos tentar trazer uma turma mais jovem para mesclar a média de idade. Sobre Carlinhos Bala, já expliquei que não fui contra, mas também não estava na minha lista. Segunda-feira (ontem) ele ficou de dar uma resposta para a diretoria.
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